– Que fazes aí sozinho?
Ela supreendeu-o ali sentado, de costas voltadas para o Mundo, num pranto silencioso. Podia sentir-lhe os sofrimentos de perto, como se dos seus se tratassem. Ele voltou-se lentamente e os seus olhos tocaram-se; um brilho delicado vertia daquele olhar como uma gota de orvalho cristalino. Ela tremeu…
– Não estou sozinho.
– Não?..
– Tenho-me a mim, novamente.
Ela esboçou um sorriso único, genuinamente puro; comunicando-lhe a sua compreensão. Afinal, também ela se ganhara a si mesma, recentemente. Sentou-se a seu lado, virando também ela costas ao Mundo. O sorriso dela contagiou-o e ambos deram as mãos, em silêncio, mas dizendo tudo um ao outro.
Seguiu-se o nascer do sol…
…e a sua magia fez o resto.
Quem Ama de verdade respeita, cuida e partilha.